Uma nova tática aplicada por criminosos, para conseguir os dados do cartão das vítimas, é um malware, ou seja, um vírus, que infecta as maquininhas de cartão, comprometendo os pagamentos feitos.
Anúncios
É sempre importante se atentar aos novos golpes que acabam entrando “na moda”, para se proteger e evitar o vazamento dos seus dados. Em vista disso, preparamos esse texto, onde explicaremos como esse golpe funciona e o que você pode fazer para se proteger.
Golpe da maquininha de cartão: Como funciona?
O vírus faz com que a maquininha simule que a transação feita, via pagamento por aproximação (seja por cartão ou carteira digital), foi bloqueada. Dessa forma, o consumidor é obrigado a realizar a inserção do seu cartão na maquininha – o que, consequentemente, exige a inserção da sua senha para autorizar a transação.
Por meio desse método, os autores do golpe conseguem clonar o cartão da vítima, posto que é possível obter os seus dados. O primeiro alerta do golpe foi feito pela empresa de segurança digital Kaspersky.
Ainda segundo ela, no momento em que o cliente tentar realizar o pagamento por aproximação, a maquininha alterada irá exibir a mensagem “ERRO APROXIMACAO INSIRA O CARTAO”.
A alteração dos dispositivos é feita pelos próprios criminosos, que se passam por representantes das empresas que prestam serviços de pagamentos e, dessa forma, conseguem enganar os lojistas, obtendo acesso aos aparelhos.
Eles entram em contato com a loja, indicando a necessidade de realizar reparos no software da maquininha. Assim, conseguem fazer com que os lojistas façam o download de uma atualização da maquininha, por meio de um link disponibilizado pelos mesmos. Clicando nele, os lojistas expoem a maquininha ao vírus, que é instalado pelo grupo criminoso, assim eles passam a ter acesso remoto ao aparelho.
Por que é indicado que o pagamento por aproximação foi negado?
Isso acontece, pois, esses não permitem que a maquininha obtenha acesso aos dados do cartão.
Toda transação feita por aproximação gera um identificador único, inutilizando os seus dados bancários, mesmo que eles sejam copiados; não importando se você faz a transação pelo cartão, celular ou até mesmo smartwatch.
Por isso, o golpe só acontece quando o cliente insere o cartão. Além de conseguir os dados do cartão de crédito, já que os mesmos são necessários para a transação, os criminosos obtêm acesso a senha do cartão, que é gravada pela maquininha.
Como se proteger?
A melhor forma, no momento, de se proteger desse golpe, é optar por outra forma de pagamento, dado que você identificou uma mensagem suspeita na maquininha do cartão. Verifique com o lojista a possibilidade de realizar o pagamento por PIX ou até mesmo em dinheiro.
Já para quem é lojista, é necessário redobrar a atenção, para qualquer e-mail ou contato suspeito com caráter de emergência. Antes de fazer qualquer coisa ou seguir quaisquer instruções, é importante que você certifique-se de que o contato é autêntico.
Ademais, preste atenção para verificar se o modo de contato é o mesmo das vezes anteriores, cruzando números, e-mails etc., e por via de dúvidas, constatando o atendimento da prestadora de serviços para verificar a legitimidade do contato.
O que fazer caso detecte que o seu cartão foi fraudado?
A primeira atitude, nesses casos, é sempre bloquear o cartão, se possível. A maioria dos aplicativos de banco, em especial, os de fintechs, permite que a operação seja facilmente feita a partir da aba de cartões, bastando inserir sua senha.
Além disso, é de suma importância entrar em contato com o seu prestador de serviços para informá-los do ocorrido; se possível, forneça informações sobre a maquininha e outras evidências do golpe, para ajudar no melhoramento da segurança.
Outra coisa que você poderá fazer, é reportar compras que não reconhece. Nesse caso, é importante que você esteja por dentro das políticas da instituição financeira da qual faz uso dos serviços. Já que as políticas de denúncias e como funcionará o ressarcimento, podem variar.
Também, não deixe de realizar a solicitação da segunda via do cartão, que, geralmente, também poderá ser feita por meio do aplicativo exclusivo da sua prestadora de serviços. A opção é particularmente comum em aplicativos de fintechs.
