Nos últimos anos, o mercado financeiro tem passado por transformações constantes e aceleradas. Dois dos principais protagonistas dessa revolução são os cartões de crédito e o sistema de pagamentos instantâneos Pix.
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Neste texto, vamos explorar as transformações esperadas para os cartões de crédito e o Pix, entendendo como essas alterações podem impactar a vida financeira das pessoas e facilitar as transações no cenário atual.
Mudanças no Pix e nos cartões de crédito são anunciadas
De acordo com uma pesquisa realizada pela empresa Capterra, constatou-se que 25% dos brasileiros utilizam o Pix mais de 20 vezes por mês, evidenciando a rápida adesão e popularidade desse método de pagamento no país.
Essa ferramenta de pagamentos instantâneos tem conquistado o coração dos brasileiros e se tornado uma opção preferida para realizar transações financeiras. Diante dessa crescente demanda e sucesso do Pix, o Banco Central do Brasil tem se empenhado em estudar novidades e melhorias para o sistema.
Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, o diretor de Organização do Sistema Financeiro e de Resolução, Renato Dias de Brito Gomes, revelou que estão sendo consideradas atualizações e aprimoramentos tanto para o Pix quanto para os cartões de crédito.
Essas iniciativas visam proporcionar uma experiência ainda mais eficiente e conveniente para os usuários, acompanhando as transformações tecnológicas e as necessidades do mercado financeiro atual.
Pix Automático
O Pix é um sistema de pagamentos instantâneos lançado pelo Banco Central do Brasil em novembro de 2020. Ele permite que as pessoas realizem transferências e pagamentos de forma rápida, segura e sem restrições de horário, podendo ser feitos a qualquer momento, inclusive nos finais de semana e feriados.
O Banco Central está em processo de estudo para o desenvolvimento do Pix Automático, uma versão mais avançada do débito automático. Atualmente, para realizar o débito automático, é necessário que o banco do cliente possua um convênio com a prestadora de serviços. No entanto, com o Pix Automático, essa necessidade de convênio seria eliminada.
De acordo com informações da autoridade monetária, o Pix Automático permitiria o pagamento automático de uma variedade de serviços, como telefonia, streaming, energia elétrica, pagamentos recorrentes, compras com parcelamento, entre outros.
Essa iniciativa visa facilitar ainda mais o processo de pagamento para os consumidores, eliminando a burocracia de convênios específicos e ampliando as opções de serviços que podem ser pagos de forma automática através do Pix.
Outras mudanças no Pix
O Banco Central está em fase de desenvolvimento do Pix Garantido, uma nova funcionalidade que permitirá o parcelamento de compras realizadas através do Pix, garantindo o recebimento ao vendedor.
Segundo o diretor do Banco Central, nesse modelo, o consumidor finaliza a compra e o vendedor se conecta às instituições financeiras que oferecerão opções de crédito para concluir a transação utilizando o Pix.
No entanto, embora essa solução possa impulsionar a competição no mercado de operações de crédito, ainda não está definido exatamente como o modelo irá avançar.
O Banco Central optou por dar um passo atrás e observar o progresso antes de tomar decisões finais. Apesar disso, o projeto é considerado promissor e é visto com otimismo pela instituição.
Além disso, está previsto para o ano de 2024 o lançamento do BolePix pelo Banco Central. Essa nova funcionalidade consiste em uma versão do Pix para boletos, em que o QR Code será apresentado como boleto e os clientes poderão efetuar o pagamento utilizando o Pix.
Essa iniciativa visa facilitar ainda mais as transações financeiras e tornar o Pix uma opção amplamente aceita e utilizada em diferentes modalidades de pagamento.
Mudanças no cartão de crédito
Uma das novidades discutidas por Gomes, além das atualizações no Pix, refere-se aos cartões de crédito. O diretor mencionou a possibilidade de portabilidade do rotativo do cartão, um conceito já utilizado nos Estados Unidos.
Essa medida visa promover maior concorrência no setor, permitindo que os consumidores escolham livremente o banco com o qual desejam realizar o pagamento e negociar taxas mais baixas.
Gomes explica que, se os usuários não transferem suas dívidas do rotativo do cartão de crédito de uma instituição financeira para outra, há pouca pressão sobre os juros praticados, o que acaba favorecendo a manutenção de taxas elevadas.
Com a possibilidade de portabilidade, os consumidores terão maior flexibilidade para buscar opções mais vantajosas e pressionar por condições mais favoráveis em termos de taxas de juros. Isso contribuiria para um ambiente mais competitivo e, potencialmente, resultaria em taxas mais baixas para os usuários de cartões de crédito.